21 de jul. de 2009

É disso que eu estou falando!

E aí moçoilas, fimose?

Hoje não vou filosofar, não vou criticar ninguém nem ponderar sobre os catetos do quadrado da hipotenusa que fazem a Terra girar como de costume. Vou só comentar do show da banda Justo! no fim de semana em Barra do Garça (MT)/Aragarças (GO).

Pra quem não sabe sou vocalista/guitarrista da banda de pop-rock Justo! (merchan -> www.bandajusto.com.br) e fomos fazer pela primeira vez um show tão longe de nossa base (Goiânia, GO) e assim, para um público totalmente diferente. Já fomos tocar em Caldas Novas, mas como é bem mais perto, sempre tinha uma galera nossa daqui que nos acompanhava. Desta vez éramos apenas nós entrando em contato com um público totalmente novo.

Mas esta festa é tradicional na região e eram esperadas em torno de 2.500-3.000 pessoas (nessa parece que chegou a mais de 4.000). Aí sim, o maior público para nós.

Isso tudo era estimulante: novo público, público “bem” maior, palco maior, iluminação, etc e claro a pressão e responsabilidade também eram bem maiores.

E não vou negar estava nervoso, estava ansioso e me questionava o tempo todo. Questionava não se eu ia dar conta, mas como é um público novo, como riai ser a recepção. Eram 3.000 pessoas, será que elas iriam estar respectivas e PERMANECER receptivas? Será que conseguiríamos atrair a atenção das pessoas totalmente desconhecidas por 2 horas? Isso não é fácil e está longe de implemesmente saber tocar ou a banda estar ensaiada.

E por essas coisas a semana inteira estava focado nisso. Entenda focado e não bitolado. Sempre que podia estava pensando em como aproveitar o espaço que teria, em como dissipar a energia que sinto quando estou em cima do palco me apresentando (que é um assunto que eu quero falar dele ainda aqui). Assisti muitos DVDs/vídeos de bandas que gosto tentando extrair os comportamentos que me fazer gostar do que eles passam. Assisti vídeos de apresentações nossas antigas tendo extrair também coisas que eu considero bacana.

E com o pensamento no show, virei a noite de sexta pra sábado e fomos embora de Goiânia as 8h da matina. A viajem foi divertida e não conseguia apagar. Falei potoca a viagem toda. Almoçamos a beira do rio (diga-se de passagem estava num sol lindo e a paisagem era inspiradora) e fomos passar som. Aqui começa o que eu gostaria de comentar com vocês.

Primeiro a bateria. Pra quem me conhece bem sabe que eu sou meio aficionado por bateria. Não sei tocar, mas tenho um sonho que é de tocar bateria. Vivo fazendo batuques, com o dedo, pé, braço, caneta.. qualquer coisa. Bom e aí ligou o bumbo da batera: “TUM”... e veio um sorriso em mim que fazia tempo que não dava. Aquele sorriso de menino quando ganha o presente que pediu pro Papai Noel, sabe?

E assim foi, passamos todos o som, ficou tudo “no jeito” e fomos pro hotel descansar. Chegamos lá e o pessoal capotou, claro. Todo mundo estava cansado. Eu não consegui dormir. Tentei, mas não consegui. Não me sentia nervoso, com medo... nada disso. Me sentia apenas com vontade de subir lá e fazer logo. Eu estava com pressa! Queria que chegasse logo! Cadê os outros presentes Papai Noel? hehe

Chegamos lá pra tocar e aí tinha esperar pra entrar e aí decidi que queria um espaço pra mim. Falei pro pessoal que iria dormir dentro da van um pouco antes, já que não tinha dormido no hotel. E fui pra lá. Fiquei lá durante uma hora mais ou menos imaginando. Repassando o repertório, lembrando das notas, lembrando dos vídeos que falei antes, ouvindo o público chegar na festa. Ninguém ali estava pra ver a banda Justo! pois o foco era a festa e não a banda. Mas eu queria que eles saíssem de lá querendo ver de novo. Me conencentrei.

E assim nesse espírito tinha chegado a hora. Oração antes do show agradecendo por tudo que estava acontecendo. Alongamento. Aquecimento de voz e chegou a hora e PÁ! Me senti natural. Foi como se eu estivesse lá no meu quarto, das milhões de vezes que peguei meu violão qdo eu era mais novo e fingia que tinha um montão de gente na minha frente.

E graças a Deus a galera aprovou. O pessoal, ficou atento ao show. Via as pessoas lá no fundo com a mão levantada, cantando, dançando, deixando levar. A resposta que me deram não poderia ser melhor.

Não fui infalível claro. Dei várias escorregadas mesmo. E não me condeno por isso. Acho que pela primeira vez não deixei essas coisas me abalarem. Não deixei minhas falhas falarem mais alto do que meus acertos.
Talvez porque, essa foi a primeira vez que não tive como objetivo ser perfeito ou ser o melhor de todos. Meu objetivo era ser o melhor que eu poderia ser nesse momento da minha vida: com a pouca experiência de palco/público que tenho, com a pouca técnica vocal que tenho, com toda a timidez e auto-crítica que tenho... ou seja, mesmo com todos os meus defeitos tirar o melhor que eu (hoje) posso dar. E eu consegui!

Pode parecer uma coisa tão boba, tão pequena... Mas certamente pra mim não foi.

Mais uma vez obrigado ao pessoal de Barra do Garça/Aragarças/Ipor/Goiânia (tinha gente de Goiânia também) que estava lá, falou comigo depois, me deu a maior força.

OBRIGADO POR ESSA EXPERIÊNCIA MARAVILHOSA DE VIDA!


Cheers!

6 comentários:

Luiza disse...

Achei legal você falar o quanto você assistiu videos e dvds das bandas e ver o que podia extrair deles, você parece ser uma pessoa muito dedicada... E ainda, o mais legal de tudo, foi você ter considerado mais os seus acertos do que os seus erros, porque, como você mesmo disse ( e deve saber muito bem) não importa o quanto nós acertamos, sempre nos focamos na falha. Ser o melhor de todos é estressante.:P

Quanto ao fato de vocês serem aceitos pelo público, isso não é bem um problema,né? Vocês são bem carismáticos, na minha opinião.

Eu queria ter ido, mas depois de passar todos os meses de julho, durante 14 anos, em barra do garça, ainda sinto um pouco de medo. hehehe

Mas, enfim, que bom que deu tudo certo e o show foi legal!
:)

Daniella disse...

Parabéns Eduardo! Isso é só o começo de tudo o que está por vir pra você, e pra sua banda! Sei que vocês são uma família, mas eu torço MUITO por você, não sei por qual motivo, razão ou circunstância, torço diariamente por você! Ainda vou te ver brilhar muito por esse Brasil, e vou dizer.."Nossa, eu lembro quando esse rapaz tocava lá no esconderijo"... hehehehe. Não tem segredo, é só continuar sendo assim como você é, "simples de coração", e amando muito o que faz.
Parabéns. De coração.
Beijos, Danny.

Valquiria Nunes disse...

aaaa deixa aumentar a lista de elogios então jow jow... hoje meus amigos de Iporá vieram aqui e elogiaram bastante o show.. e melhor falaram que a festa foi hiper super melhor que a do dia anterior, justamente por causa do rock.. ééééééé pontos para o rock.... posso imaginar sua euforia.. a diversidade naquela região é suprema... posso falar de coração que eu já sabia que as pessoas iriam focar no som.. agora é de goiania pra todos!! parabéns a todos os integrantes da banda... bju carinhoso EDU!!!

Micox - Náiron J. C. G. disse...

Parabéns cumpadi.
Força pra sua banda ae.
Tamo por aqui lendo sempre que dá heheh

Roberta M.B. disse...

O que eu posso dizer!!!!Não há como alguém desejar subir de nivel, adquirir alguma experiência.. sem o verdadeiro esforço...O erro de muitas pessoas é sempre desejar o numero 10 sem entender a importância do numero 9 pra se chegar la..pode-se sonhar, planejar chegar.. mas só o esforço e a experiência te levam até la de forma concreta... Muitos conseguem pular etapas, sim, mas experiência e esforço sempre possuem a importância de raizes para algo que se quer construir!!! Sempre se esforçe da forma que pode, dê o seu melhor agora.. pois amanhã, depois da experiência de hoje, o seu melhor será bem "mais"!!!Garotinho... VC MERECE!!! ^_~..

Unknown disse...

E sempre asssim , mas é bom a gente viver esses momentos... um pouco de medo,ansiedade , sei lá ...mas qdo os olofotes se ascendem e a e a musica toma conta de sua alma.... vale a pena ...rsrsrsr parabéns e boa sorte ....

Adriano
jarama rock